quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

“Os cidadãos são o Estado! Tu moçambicano, és o Estado! Engaja-te com os problemas que assolam a tua sociedade: A Praga e o Cidadão Exemplar!”



 Infelizmente a praga dos buracos na cidade de Maputo, ou melhor no país em geral é gigantesca, sendo as estradas compostas em suma por estradas precárias, terra batida, de asfalto (repletas de buracos), tornando-se num verdadeiro cancro para quem pretende deslocar-se pelo País! Maputo, capital do país do gás, dos grandes recursos naturais, dos investimentos, do “crescimento económico ” da “riqueza que tão rapidamente assola o pais”, vê -se a braços de ferro com este flagelo que em muito prejudica a deslocação de pessoas e bens.


No entanto, infelizmente este tema não constitui novidade alguma, na verdade os moçambicanos já se tornaram peritos em conduzir perante este cenário, tornando-se normal a existência de grandes crateras nas ruas principais e secundárias da cidade! Por outro lado, já percebemos, que apesar de algum esforço do Município em arranjar as estradas, sabemos perfeitamente que semanas a seguir, a praga continua, uma vez que os buracos voltam a aparecer, multiplicando-se de forma assustadora!

 Pergunto-me eu: Como é que é possível arranjar-se uma estrada e semanas depois a mesma estar um caos novamente? Será que o material usado para a reparação das estradas é o melhor? E as verbas direccionadas para este fim, onde param? Será que as usam na totalidade para a compra de material de qualidade? Ou as usam pela metade? Porque será que em Moçambique só se pensa em soluções a curto prazo? Será que não se percebe que os arranjos, e os demais arranjos acabam saindo ainda mais caros? Porque não se pensa a longo prazo? Não convém?

Perante este cenário negativo, surge um cidadão, que na minha opinião é exemplar e este é o ponto mais importante do meu pensamento: Um cidadão, preocupado com a degradação das estradas, em especial por uma que usava com frequência (Tomás Nduda), e que infelizmente por circular constantemente pela mesma provocou alguns dissabores á sua viatura, decidindo por mãos a obra, gastando o eu dinheiro para tapar um buraco e resolver um problema que há anos não era resolvido pelo Concelho Municipal!

A reflexão que se deve fazer é a seguinte:

a)      Obviamente que este dever cabe ao Estado, ao Conselho Municipal para resolver este tipo de problema
b)      Eventualmente o serviço feito pode não ter sido dos melhores, mas não é isso que conta
c)      O mais importante a reter é o acto de CIDADANIA, ou seja, nós como moçambicanos, como cidadãos, perante uma sociedade repleta de problemas, de desafios, temos que perceber que a solução dos mesmos passa por nós próprios, nós somos o ESTADO, e não devemos pensar que o estado é só um conjunto de pessoas, a quem o poder foi delegado pelo povo! Não podemos descurar o Estado das suas obrigações, dos seus deveres, mas devemos nos envolver para a resolução do problema do nosso país.  

d)     Será que os cidadãos moçambicanos têm a consciência do poder/responsabilidade que têm nas mãos? Será que percebemos que podemos e devemos nos envolver directamente na resolução dos problemas do nosso país? O exemplo mais palpável que tenho em mente, foi sem dúvidas, a manifestação a favor da paz e contra os raptos do ano passado, que juntou cidadãos, sociedade civil, em prol dum problema que assola o país. Todos juntos, para chamar a atenção relativamente a um problema.

Com isto quero dizer, que assim como o problema dos raptos, dos buracos, das estradas mal arranjadas, do lixo, das praias sujas, da caça dos tubarões, elefantes, leões, transportes, entre outros, cabe a nós contribuir para que os mesmos melhorem, através da monitoria dos serviços públicos, do nosso engajamento como cidadãos, da nossa CIDADANIA, chamando a atenção ao governo sobre os problemas que nos preocupam!

O Pais agradece!

Um bem-haja para o cidadão, que gastou do seu para tapar um buraco!

Cidadania precisa-se!
Abre o Olho!!!