quarta-feira, 10 de julho de 2013

Queremos formar futuros Samora Machel? Ou não convém? Da passividade das Universidades á passividade dos jovens!




Em Moçambique a cidadania foi construída de cima para baixo, isto é, foi construída uma cidadania passiva e/ou estado-cêntrica. Desde o fato da Frelimo ter agido numa lógica de partido único, no qual a manifestação do movimento social na sua diversidade era inaceitável e uma guerra civil que dividiu os moçambicanos, fazendo com que uma vez mais o Estado continuasse a dirigir os destinos do País seguindo uma nova realidade, mas, criando uma cidadania cada vez mais passiva.

Se por um lado Moçambique vive um momento de verdadeira proliferação de Instituições Universitárias, algumas com qualidade e outras nem por isso, por outro, temos assistido a uma formação de jovens sem capacidade de enfrentar o mercado de trabalho, bem como a formação de jovens sem grande poder de intervenção, de crítica, de raciocínio. Forma-se jovens para fazer Copy Paste do conhecimento e não para reflexão, contestação, questionamento.

Não queremos formar futuros Samora Machel, porque queremos manter o nosso povo passivo, ignorante, e não catapulta-lo para Conhecimento, a intervenção!
Neste seguimento, como se justifica que nas Universidades não haja Associações de Estudantes forte, coesas? Como se justifica que não haja jornais produzidos pelas Universidades? Como se justifica que não haja, ou se há, de forma inexistente, uma actividade cultural, politica numa Universidade? As Universidades servem para formar quadros e não formatar quadros!

Quando criticamos os nossos jovens temos que os enquadrar num contexto, em que a Educação esta doente, formatada, empobrecida!

Vamos mudar? Vamos acordar desta dormência?

O povo agradece! O país agradece!


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